Bandeira Brasil-Polônia

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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Polônia não quer o euro


A crise na zona do euro motivou a Polônia a reconsiderar a possibilidade de adotar a moeda única.

Miembros del sindicato Solidaridad bloquean las vías del tren cerca de la estación de Katowice durante la jornada de huelga general en la región polaca de Silesia, Polonia.
Uma série de crises financeiras sofridas pela zona euro nos últimos tempos, que culminou com o resgate dos bancos chipriotas tem determinado agora que a Polónia  reconsidere a possibilidade de adotar a moeda única. Esta semana, o presidente Donald Tusk, um europeu convicto que só ganhou a eleição por defender uma área política no país, aceitou a idéia de realizar um referendo sobre a adoção do euro como moeda nacional. Um contraste com sua posição anterior, que lutou com unhas e dentes para integrar a Polônia à zona do euro. A decisão de Tusk atende primeiro à opinião pública que, neste momento  62% rejeita a renúncia do zloty, a moeda nacional, em benefício do €. Segundo, um referendo é a única maneira de seu governo adotar o euro já que a  Constituição polonesa atribui exclusivamente ao banco a emissão de moeda. E para mudar a Constituição exige uma maioria de dois terços do Parlamento, algo que Tusk e seu partido não estão nem perto. Em meio a essa controvérsia entre europeus e nacionalistas monetários, a voz da prudência tem sido o ministro das Finanças, Jacek Rostovsky, que recomendou adiar o referendo para ver como a zona do euro evolui. Além disso, acrescentou, embora pudesse adotar o euro, teria que esperar até o final da década, porque a política de austeridade que geraria a substituição do zloty pelo euro afundaria uma conjuntura que não chega a decolar na Polônia.