Atualmente,
com a globalização, a migração de tradições culturais de uns países
para outros é cada vez mais freqüente. O halloween chegou na Polônia
recentemente, nos anos 90, e já conquistou o país. As decorações típicas
enfeitam não somente pubs e restaurantes, mas até as casas.
O halloween provem da antiga tradição do samhain - um festival em que se comemorava a passagem do ano dos celtas. Marcava o fim do ano velho e o começo do ano novo. O samhain iniciava o inverno, uma das duas estações do ano dos celtas. Era também o dia em que se honrava os mortos, pois os celtas acreditavam que nesse dia apagava-se a tênue fronteira entre o mundo dos vivos e o dos mortos e que as almas dos falecidos voltavam para a terra. Os espíritos ruins eram espantados e os bons – dos antepassados – eram convidados para as casas. Os celtas se fantasiavam, pois acreditavam que isso despistava os espíritos. A pessoa que não tivesse um bom disfarce podia ser possuída por um espírito que ficaria com ele pelo próximo ano. Usava-se também o fogo para mostrar para os mortos o caminho para fora da cidade ou aldeia. Daí vem a tradição de colocar velas nas sepulturas. O costume de passar de casa em casa pedindo doces, também tem origem num antigo costume irlandês, quando certas pessoas visitavam as casas e em troca de pequenos presentes (p. ex. pão) rezavam pelos falecidos da família do dono da casa.
Os poloneses na verdade têm a sua própria tradição, chamada “dziady”. Porém, já está quase totalmente esquecida e dominada pela cultura popular. Que nem no samhain, acreditava-se que nesse dia apagava-se a fronteira entre os dois mundos. Para agradar os mortos, nesse dia os vivos realizavam os seus desejos. Em algumas regiões, depois de uma visita solene no cemitério, os moradores da casa sentavam à mesa e colocavam tantos pratos, quantos espíritos iam passar pela casa. Em outras, durante a refeição derrubava-se propositalmente alimentos e bebidas em cima da mesa ou no chão para os espíritos se alimentarem. Daí surgiram diversos ditados, como p. ex. “gdy spadnie łyżka, to ktoś się spieszy" (quando cai uma colher, é porque alguém está com pressa). E se caía um garfo, isso denunciava que estava chegando um espírito particularmente faminto. Existia inclusive o costume de preparar saunas e fogueiras para o banho e aquecimento das almas visitantes. Nesse dia eram acolhidos os pedintes e mendigos, pois acreditava-se que eles tinham um contato direto com o mundo dos mortos. Pedia-se a eles para que rezassem por eles em troca de comida. Nesse dia havia diversas proibições para que as almas pudessem ficar em tranqüilidade. Por isso não se podia fazer barulho ou levantar com muito ímpeto durante a refeição (para não assustar as almas), limpar a mesa (para que as almas se alimentassem à vontade), jogar pela janela a água depois de lavar a louça (para não molhar alguma alma que por ventura estivesse passando por aí), acender a lareira (porque as almas muitas vezes entravam pela chaminé), costurar e tecer (para não costurar ou amarrar alguma alma que assim não poderia retornar ao seu mundo). Os pagãos eslavos também confrontavam o problema dos espíritos que não se conformavam com a morte e queriam permanecer no mundo dos vivos. O jeito encontrado para solucionar isso, era queimar fogueiras nos morros mostrando assim o caminho para sua salvação. Quando o Cristianismo chegou nas terras polonesas, essas tradições misturaram-se com as cristãs. O rito dos” dziady” foi proibido, mas com o tempo transformou-se no dia de orações pelas almas dos falecidos e de visitas no cemitério. É também da tradição de “dziady” que vem o costume da “stypa” – uma festa regada a muita comida e bebida em homenagem de um morto.
Na Polônia o feriado é no dia 1º de novembro – Dia de Todos os Santos. As pessoas vão nesse dia nos cemitérios e arrumam as sepulturas, colocam flores e velas. Famílias inteiras encontram-se na frente das sepulturas dos seus entes queridos.
O halloween provem da antiga tradição do samhain - um festival em que se comemorava a passagem do ano dos celtas. Marcava o fim do ano velho e o começo do ano novo. O samhain iniciava o inverno, uma das duas estações do ano dos celtas. Era também o dia em que se honrava os mortos, pois os celtas acreditavam que nesse dia apagava-se a tênue fronteira entre o mundo dos vivos e o dos mortos e que as almas dos falecidos voltavam para a terra. Os espíritos ruins eram espantados e os bons – dos antepassados – eram convidados para as casas. Os celtas se fantasiavam, pois acreditavam que isso despistava os espíritos. A pessoa que não tivesse um bom disfarce podia ser possuída por um espírito que ficaria com ele pelo próximo ano. Usava-se também o fogo para mostrar para os mortos o caminho para fora da cidade ou aldeia. Daí vem a tradição de colocar velas nas sepulturas. O costume de passar de casa em casa pedindo doces, também tem origem num antigo costume irlandês, quando certas pessoas visitavam as casas e em troca de pequenos presentes (p. ex. pão) rezavam pelos falecidos da família do dono da casa.
Os poloneses na verdade têm a sua própria tradição, chamada “dziady”. Porém, já está quase totalmente esquecida e dominada pela cultura popular. Que nem no samhain, acreditava-se que nesse dia apagava-se a fronteira entre os dois mundos. Para agradar os mortos, nesse dia os vivos realizavam os seus desejos. Em algumas regiões, depois de uma visita solene no cemitério, os moradores da casa sentavam à mesa e colocavam tantos pratos, quantos espíritos iam passar pela casa. Em outras, durante a refeição derrubava-se propositalmente alimentos e bebidas em cima da mesa ou no chão para os espíritos se alimentarem. Daí surgiram diversos ditados, como p. ex. “gdy spadnie łyżka, to ktoś się spieszy" (quando cai uma colher, é porque alguém está com pressa). E se caía um garfo, isso denunciava que estava chegando um espírito particularmente faminto. Existia inclusive o costume de preparar saunas e fogueiras para o banho e aquecimento das almas visitantes. Nesse dia eram acolhidos os pedintes e mendigos, pois acreditava-se que eles tinham um contato direto com o mundo dos mortos. Pedia-se a eles para que rezassem por eles em troca de comida. Nesse dia havia diversas proibições para que as almas pudessem ficar em tranqüilidade. Por isso não se podia fazer barulho ou levantar com muito ímpeto durante a refeição (para não assustar as almas), limpar a mesa (para que as almas se alimentassem à vontade), jogar pela janela a água depois de lavar a louça (para não molhar alguma alma que por ventura estivesse passando por aí), acender a lareira (porque as almas muitas vezes entravam pela chaminé), costurar e tecer (para não costurar ou amarrar alguma alma que assim não poderia retornar ao seu mundo). Os pagãos eslavos também confrontavam o problema dos espíritos que não se conformavam com a morte e queriam permanecer no mundo dos vivos. O jeito encontrado para solucionar isso, era queimar fogueiras nos morros mostrando assim o caminho para sua salvação. Quando o Cristianismo chegou nas terras polonesas, essas tradições misturaram-se com as cristãs. O rito dos” dziady” foi proibido, mas com o tempo transformou-se no dia de orações pelas almas dos falecidos e de visitas no cemitério. É também da tradição de “dziady” que vem o costume da “stypa” – uma festa regada a muita comida e bebida em homenagem de um morto.
Na Polônia o feriado é no dia 1º de novembro – Dia de Todos os Santos. As pessoas vão nesse dia nos cemitérios e arrumam as sepulturas, colocam flores e velas. Famílias inteiras encontram-se na frente das sepulturas dos seus entes queridos.